“Pai, Filho e Espírito Santo”
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.
Oh Trindade, nós Vos louvamos
Louvamos pelo que sois, Trindade santa;
Louvamos pelo que fez e faz por nós; Louvamos pela comunhão que nos concedeis!
Dizer um Deus em Três Pessoas Divinas é professar o dogma fundamental de nossa
fé cristã. Este augusto mistério nos foi revelado por Jesus Cristo e constitui
a fonte de vida para todos os que acolheram as palavras de Jesus. Para falar
sobre a Santíssima Trindade só pode ser quem vive esse mistério com
intensidade, como vemos em tantos santos. É o que nos falta. Impressionou-me
ver um tio, que era um homem simples, clamar pela Santíssima Trindade do
profundo de sua dor no momento de se despedir de sua filha falecida. Isso
mostra que nela nos movemos e somos. O louvor a Deus é o alimento de nossa
vida. Reconhecer Deus é sabedoria espiritual e maturidade humana, pois o ser
humano só consegue ser completo quando é capaz de saber de onde veio e para
onde vai. Negar a Deus é desconhecer a si mesmo e sua dimensão maior. Somos
mais que um punhado de carne com inteligência. Deus Trindade não nos diminui,
pelo contrário, nos faz completos. Os que O negam é porque O reconhecem como
existente, do contrário não precisariam negá-Lo. O louvor não consiste em
palavras, mas na aceitação deste diálogo vital entre a criatura e o Criador.
Por isso rezamos no salmo: “Para Vós, até o silêncio é louvor” (Sl 65,1). Como
podemos perder a força desse encontro que nos toma por inteiro? Se a vida pode
ser pesada no dia a dia, temos certeza que sermos saciados por essa Presença
que preenche a eternidade na densidade de realização e completa satisfação. Ao
nos abrirmos ao diálogo em nosso dia temos o eterno que invade nosso cotidiano.
Teremos o sentido e o significado de tudo o que fizermos e buscarmos.
Abba, Pai!
Aprendemos de Jesus como amar o Pai, pois,
unidos a Ele nós estamos em contínuo louvor e ação de graças. Quem reza em nós
é o Espírito. O mesmo Espírito que unia Jesus ao Pai, nos une também a Ele
nesse mesmo diálogo amoroso de tal modo que Rezamos em Cristo e Cristo reza em
nós. Entramos no relacionamento de Jesus como Pai e podemos dizer com Ele Abba,
que significa Papai. O relacionamento de Jesus com o Pai era de total carinho e
abertura ao amor. Essa é a oração que nos ensina: Orar é contemplar amando. Só
assim poderemos dizer: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. A liturgia
de hoje nos ensina o mistério em sua teologia e nos ensina a pedagogia do amor
que responde. Depois de ouvirmos tanto sobre o Deus vingativo e repressor que
ameaça, ouvimos sobre o Deus misericórdia que quer que todos tenham vida e a
tenham em abundância. Responder ao amor é a adoração que a Trindade
espera de nós.
Um Deus que se faz
misericórdia
Todos os
atos de Deus em relação a nós são atos de amor misericordioso. A própria
criação é a primeira expressão desse amor como rezamos no salmo 32. Moisés
relata a grandeza da ação de Deus. Ele é o Deus que escolheu o povo dentre
todos os povos. Salvou-o da escravidão. Servir e amar esse Deus é garantia de
felicidade e vida longa. Não podemos imaginar um Deus diferente do Deus amor.
Se seu mistério é profundo, mais profundo é seu amor libertador. Cristo ao vir
a nós para nos acolher nessa Vida, nos garante se sofrermos com Ele, somos
glorificados com Ele (Rm 8,17). Vivemos sempre voltados para a Trindade, pois
toda celebração se inicia com o sinal da cruz, obra da Salvação realizada por
Cristo em união com o Pai e o Espírito. A cruz domina o universo.
Leituras: Deuteronômio
4,32-34.39-40;Salmo 32;Romanos 8,14-17;Mateus 28,16-20
Ficha nº – Homilia da
Solenidade da Santíssima Trindade (31.05.15)
1.
Celebrar a Santíssima Trindade é louvar o Deus Uno e Trino. É um
mistério acessível a nós pelo amor. Reconhecer Deu sé uma sabedoria espiritual
e maturidade humana. Deus não nos diminui, mas nos faz completos. O louvor é o
acolhimento do diálogo vital entre criatura e Criador.
2.
Aprendemos com Jesus como amar o Pai. Quem reza em nós é o
Espírito Santo que nos une ao amor do Filho pelo Pai e do Pai pelo Filho. A
liturgia nos introduz na pedagogia do amor que responde. Deus é misericórdia e
quer que todos tenham vida. Responder ao amor de Deus é a adoração.
3.
Todos os atos de Deus são atos de amor misericordioso. A
criação, a escolha de um povo e a libertação do sofrimento do Egito são atos de
misericórdia. Participando de seus sofrimentos, participamos de sua glória.
Toda celebração se inicia com o sinal da cruz.
Meu pai é rico.
Santíssima
Trindade! A fé cristã professa com verdade e fonte de vida que há um só Deus em
três Pessoas distintas. Nós adoramos Deus Trindade. Quer dizer que reconhecemos
que Dele dependemos e para Ele dirigimos nossa vida e como Ele vivemos. É uma
Unidade na diversidade de missão. Onde age um, agem as três Pessoas unidas,
pois em Deus não há separação nem anulação das Pessoas.
É um dogma
de nossa fé. É um mistério insondável: pois podemos sempre conhecer melhor. É
inefável: Nunca explicaremos o suficiente. É fonte do amor, razão de nosso amor
e finalidade de nosso amor. É importante, nas missas, fazer bem a oração do
Creio em Deus Pai. É nossa profissão de fé
Todas as
ações de Deus entre nós foram de salvação e libertação. Deus sempre toma a
iniciativa no amor que tem por nós.
Que Deus
há tão grande que tenha se manifestado com tantos sinais em favor do povo?
Guarda suas leis e será feliz. Esse Deus nos convida a ter um relacionamento de
filhinhos queridos, chamando-o de Abba! Paizinho. O Espírito nos põe em
relacionamento com a Trindade. Jesus nos manda levar a todos esse anúncio e
fazer discípulos seus todos os povos.
Esse Pai
tem todas as riquezas. Por que passar tanta fome de tudo no mundo?
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